Desde a divulgação do escândalo do Petrolão por meio da Operação Lava Jato, a presidente da república, Dilma Rousseff, vem reforçando a autonomia da Polícia Federal para realizar investigações. Contudo, diversas notícias circularam pela internet em 2014 afirmando que a Polícia Federal teria entrado em greve por causa de um decreto da presidente Dilma, em que ela determinava que a escolha do diretor-geral da PF acontecesse sempre por indicação da presidência.
As supostas informações, divulgadas no Facebook e WhatsApp, afirmavam que a presidente estaria tentando tornar a Polícia Federal submissa ao governo, mas Dilma continua afirmando que a PF tem total liberdade para investigar denúncias de corrupção, sem interferências.
Os agentes da polícia protestaram, na verdade, contra a alteração da lei 9.266, que inclui a Polícia Federal na estrutura do Ministério da Justiça, e também contra a medida provisória que alterou a forma de concurso para que delegados da PF se tornem chefes. Essas medidas desagradaram os servidores do órgão.
Na prática, a legislação brasileira garante total autonomia para a PF e a presidente da república não tem poder para interferir na atuação do órgão. A Polícia Federal é um órgão de Estado e não precisa de autorizações para cumprir suas atribuições.