Educação

Biografia de Vinícius de Moraes

Filho de Lídia Cruz de Moraes e Clodoaldo Pereira da Silva Moraes, Vinícius de Moraes nasceu no Rio de Janeiro, em 19 de outubro do ano de 1913. Ligados à música, pai e mãe de Vinícius são testemunhas de que a arte do “Poetinha” já veio no DNA.

Vinícius se formou em Direito em 1933. No mesmo ano publicou seu primeiro livro de poesia, intitulado “O Caminho para a Distância”. Dois anos depois ele lançou “Forma e Exegese”, usando de um estilo que em nada identificaria a simplicidade dos versos musicais de sua fase madura. O Vinícius das primeiras linhas consagradas era o poeta de períodos longos, intensos, repletos de reflexões metafísicas e impregnados pela abordagem dramática, como em “Ariana, a Mulher”. Vinícius apegou-se também às formas clássicas da poesia, produzindo sonetos famosos, o mais conhecido e proclamado deles, o “Soneto da Fidelidade”.

Aspecto curioso de sua trajetória, trabalhou em 1936 como sensor de obras cinematográficas. Em 1938, no mesmo ano em que ganhou uma bolsa para estudar na Universidade de Oxford, publicou Novos Poemas.

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Vinícius Diplomata e a Bossa Nova

De volta da Europa, fugindo das agruras da Segunda Guerra Mundial, Vinícius fez concurso público para o Itamaraty. Aprovado, ingressou no Ministério das Relações Exteriores no ano seguinte. Foi vice-cônsul brasileiro em Los Angeles, nos Estados Unidos, tendo posteriormente assumido o cargo de segundo-secretário da embaixada brasileira em Paris.

Esse período fora do Brasil lhe concedeu o privilégio de frequentar as altas rodas intelectuais, sobretudo em Paris, o que contribuiu para a maturidade artística. Retornou ao Brasil em 1956, quando teve início a famosa parceria com Tom Jobim. Na ocasião, elaborava a trilha sonora da Peça Orfeu da Conceição. Nesse mesmo período, aproximou-se de João Gilberto, formando a elite do movimento que viria a ser conhecido como Bossa Nova.

Em 1969, sua carreira diplomática chegou ao fim, graças ao AI-5, que entendeu que a vida boêmia do artista era incompatível com as funções daquela profissão. Os serviços prestados à diplomacia brasileira não terminariam sem reconhecimento. Em 2010, trinta anos após sua morte, em sessão solene, foi promovido a embaixador pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Parcerias e obra

Ao longo de todo o período entre o início da carreira diplomática e a morte, em 9 de julho de 1980, Vinícius produziu uma extensa obra musical, desenvolvida em parcerias com Tom, Odette Lara, Baden Powell, Toquinho, Caymmi, Maria Creuza, Maria Bethania, Edu Lobo e João Gilberto, entre outros.

Na literatura, produziu também Ariana, a Mulher, Cinco Elegias, Poemas, Sonetos e Baladas, Pátria Minha, Antologia Poética, Livro de Sonetos, Novos Poemas II, O Mergulhador, A Arca de Noé e Poemas Esparsos.

Além de Orfeu, Vinícius produziu também na dramaturgia: Procura-se uma Rosa, Cordélia e o Peregrino e Chacina em Barros Filho, encenada com o título de As Feras. Produziu ainda o espetáculo musical Pobre Menina Rica.

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